Werewolf M A S S A C R E

Werewolf Description

Dias difíceis foram aqueles, pouca comida, lagos e rios poluídos, poços tomados de vermes, consequências de uma guerra que durava mais de cem anos.
Quem eu era em meio a todo esse banho de sangue? Eu era um dos encarregados por recolher os corpos dos mortos dos campos de batalha, vilarejos ou qualquer outro lugar aonde eles se encontrassem, e acredite, já encontrei corpos nos lugares menos prováveis. Cheguei a um ponto onde um saco de batatas podre me causava mais nojo do que um corpo mutilado, esmagado, queimado ou até mesmo putrefado.
Minha vida não era boa mas pelo menos eu garantia o mínimo de comida e água para minha mulher e meus dois filhos, um deles ainda sendo gerado para viver nesse mundo de caos e miséria.
Certo dia chuvoso terminei o meu glorioso serviço e recebi a notícia de que haveria um trabalho extra ainda. Mas que dia de sorte, eu pensei. O mensageiro me informa o local da retirada dos corpos e nesse momento o meu corpo irrompe em uma sensação que queimava e ao mesmo tempo congelava. Tomei as rédeas do primeiro cavalo que vi sem me importar das consequências pelo roubo e parti em disparada para o vilarejo.
Ainda ao longe era possível avistar a coluna de chamas e fumaça. O sol estava se pondo e o horizonte era de um tom alaranjado. Me lembrei de minha esposa me contando que sonhava com nós dois sentados em um monte apreciando o sol se por e envelhecendo juntos. Acelerei mais o galope do cavalo enquanto uma lágrima de esperança escorria pelo meu ceio.
Assim que cheguei desci do cavalo que ainda andava e saí cambaleando enquanto reparava tudo ao meu redor. Chamas, gritos, sangue e terror, era tudo que restava do antes pacífico vilarejo em que nasci e vivi. Disparei em direção à minha casa que estava tomada por chamas. Gritei, Ah como gritei por minha mulher e meu filho, mas a voz das chamas era muito mais alta e nada além dela me respondia. Ouvi som de rizadas e logo fui ao seu encontro. Eram rizadas de homens.
Contornei a casa e entrei em estado de choque com o que vi. Pendurada em uma velha árvore ressecada e já sem folhas, com braços e pernas esticados estava minha esposa, banhada em sangue, formando um X. Pendurado e ainda ligado pelas suas entranhas estava meu filho, também com braços e pernas estirados.
Em frente a árvore estavam cinco homens vestindo armaduras e estes terminavam de pendurar meu primogênito também banhado em sangue e com o corpo totalmente dilacerado.
Corri o mais rápido que pude, empurrei os soldados e tentei tirar meu filho daquela situação, mas foi inútil. Os guardas me puxaram com força e a última imagem que vi antes dos pés dos soldados enquanto caía foram os lábios de meu filho clamando "pai", antes de respirar seu último ar.
Naquele momento eu apanhava e era perfurado incessantes vezes, mas meu corpo não sentia mais dor, meus ouvidos já não ouviam mais. Me senti impotente. Nem para defender minha família eu servi. Eu só queria morrer.
Foi quando vi aqueles olhos profundos e aquele semblante sádico enquanto ouvia em minha cabeça: O que lhe falta é poder, ódio e motivação já tens. Pegue em minha mão e lave o mundo com sangue e ódio.
Mesmo não dizendo nada eu sabia como uma voz em meu consciente que aquele era Praegressus. E ele terminou dizendo: Você está morto. Ainda é uma criatura desprezível e tola, mas eu te ofereço conhecimento e poder, não para simplesmente executar sua xula vingança mas para em meu nome promover neste mundo o MASSACRE. Banhe o mundo com seu próprio sangue!

Senti a vida esvaindo de meu corpo enquanto o poder entrava em minha veias. Segurei em sua mão e me ergui como seu arauto, o arauto do Massacre. enquanto meu corpo se adequava ao novo poder eu me aproximava dos soldados que me transformaram no que eu seria a partir de agora. Arranquei as espinhas vertebrais de cada um deles pelos seus cus e as usei para amarrar seus corpos vazios em uma árvore.

Precisei morrer pra entender o sentido de minha existência, promover o M A S S A C R E.

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